Introdução:
Questão:
Há confusão na utilização do termo Inquisição com as práticas da Reforma, nos
períodos entre a Idade Média até início do século XIX. A Inquisição foi prática da Igreja Católica
com referências jurídicas a partir do século XIII, mas a partir do século XV as
perseguições a certos grupos tem explicação nas práticas de certos grupos que
professavam a Reforma, como os jansenistas.
Questão:
O Malleus Maleficarum teve repercussão para além da Igreja. Por que teve
autoridade de dizer o direito por tanto tempo, cerca de 300 anos? De onde vem seu poder de persuasão?
Parte
III - Malleus Maleficarum
1
- Malleus Maleficarum / Martelo ou Martírio das Feiticeiras:
-
principal instrumento de perseguição, editado no século XV (séculos depois do
início da Inquisição da Igreja)
-
autoria: monge dominicano H.Kramer (J.Sprengler era mais conhecido havendo
dúvidas sobre sua participação)
-
instrumento jurídico para servir de código penal, não redigido dentro da forma
do direito canônico, mas contendo três partes: demônio, feiticeiras e
feitiçaria; métodos e meios; procedimentos judiciais
-
principais condutas identificadas: atos de feitiçaria, sequestro de
recém-nascidos, imposição de doença, cura de doença, atos de canibalismo,
destruição de colheitas, poder de adivinhação, provocação de catástrofes na
natureza
-
principal questão presente no livro é a sexualidade em relação às mulheres
-
suspeição ligada à pobreza: a camponeses, ao campo, doentes mentais, mendigos,
mulheres
-
século XVI - jansenismo e a graça de Deus
2
- caso das Bruxas de Salem/EUA:
-
século XVII, 1692
-
crianças foram consideradas vítimas de feiticeiras
-
suspeitos todos os que defenderam sua honra, colocando em dúvida o poder dos
juízes
sugestão
de leitura:
Brian
Levack. A caça às bruxas na Europa
moderna.RJ:Campus, 1988.
Douais.
L'Inquisition - ses origines, sa
procédure. Paris: Librairie Plon, 1906. Bibliothèque Saint Libère.
www.liberius.net
George
Duby. An 1000,An 2000 sur les traces de
nos peurs.Paris:France Loisirs, 2001.
Heirich
Kramer & Jacob Sprengler. Malleus
Maleficarum.(O Martelo das Feiticeiras) de 1484.
Jean-Marie Carbasse. Histoire du droit pénal et de la justice
criminelle. Paris:Puf.
Marion Sigaut. IV-Le jansénisme au Grand siècle. In: De
la centralisation monarchique à la Révolution bourgeoise. Egalité et
Réconciliation. www.egaliteetreconciliation.fr
Marion Sigaut. V-La chasse aux sorcières. In: De la
centralisation monarchique à la Révolution bourgeoise. Egalité et Réconciliation.
www.egaliteetreconciliation.fr
Michel Baigent &
Richard Leigh. A inquisição.RJ:Imago, 2001.
Monica
Paraguassu. Presunção de inocência. RJ:Eduff,
2011.
Norman Cohn. Démonolâtrie et sorcellerie au Moyen Âge.
Peter Godman. Histoire secrète de l'inquisition.
Paris: Ed.Perrin.
Robert Mandrou. Magistrat et sorciers en France au XVIIè
siècle. Paris:Puf.
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